São Paulo, SP, 31 (AFI) – A classificação da Portuguesa à segunda fase da Série D do Campeonato Brasileiro deu tranquilidade ao técnico Fernando Marchiori para a sequência do trabalho. O comandante rubro-verde deixou um pouco de lado a conquista e fez uma análise do trabalho de reconstrução do clube desde a sua chegada, com integração entre todos os setores.

“Estão muito clara as coisas. Nós chegamos dia 7 ou 8 de fevereiro [de 2020] aqui. Saímos lá de baixo, classificamos com uma rodada de antecedência, que foi contra o Red Bull lá em Campinas, em 2020, na Série A2. Posteriormente, jogamos uma Copa Paulista, que deu a oportunidade de estarmos aqui [na Série D], fomos campeões. Com os problemas que tivemos na Série A2 esse ano jogamos por um único resultado na última rodada contra o Audax, em casa, e classificamos novamente. Agora classificamos com duas rodadas de antecedência. Isso só mostra que todas as áreas, toda essa integração da Portuguesa nessa reconstrução, vem acontecendo”, disse.

SEM PAPAS NA LÍNGUA

A Lusa não disputava o Campeonato Brasileiro desde 2017, quando ficou na lanterna do seu grupo na Série D. Por isso, o comandante rubro-verde sabe que a reconstrução do clube não será feita rapidamente.

“A destruição tinha sido grande, então não é da noite para o dia que as coisas acontecem. O que posso deixar é isso, que a nossa marca de dignidade, de brigar pelas coisas novamente, de voltar a ter o respeito que o clube não tinha mais… Muitos atletas não querendo estar aqui, e nós conseguimos trazer, então só tenho que ficar feliz e agradecer a todos que participam disso para que a Portuguesa volte a ser grande. E os verdadeiros torcedores, que gostam e sabem dessa dificuldade, que abracem, para que tudo passe, claro, o mais rápido possível. É o que todos nós queremos”, destacou Marchiori.

MUITA GENTE TORCE CONTRA

O treinador prosseguiu com os elogios ao trabalho realizado e citou a pandemia, o que atrapalhou os planos da atual gestão. Marchiori ainda ressaltou que muitos não querem ver o ressurgimento do clube.

“Muita gente não quer que a Portuguesa volta ao lugar que merece, mas isso é de cada um. O que é importante para nós é deitarmos e dormirmos dentro das nossas condições, de muita dignidade, de lutar por essas condições, que são dificílimas de a gente conseguir fazer. A gente esquece que estamos indo para o segundo ano de pandemia, então, assim, se o presidente trabalhou dois meses sem pandemia na sua gestão foi muito. O resto é com pandemia e a gente só escuta cobrança. Faz parte do futebol, mas eu quero só lembrar um pouquinho que para trás não conseguiam classificar para nada e desde a nossa chegada não ficamos de fora de nada”, concluiu.

PRÓXIMO JOGO

Na liderança do Grupo A7, com 23 pontos, a Portuguesa enfrenta o Cianorte-PR neste sábado, às 15h, fora de casa. A Lusa precisa vencer para garantir a liderança da chave.